quinta-feira, junho 01, 2017

Em maio, 35 cidades superam média histórica de chuvas no Grande Recife e Zona da Mata

Chuvas do mês causaram a morte de cinco pessoas e o desaparecimento de uma no estado. Em Jaqueira, foram contabilizados 632 milímetros de chuva, sendo que média era de 112.

Por G1 PE
Fortes chuvas provocaram alagamentos em diversos pontos do Grande Recife (Foto: Marlon Costa/Pernambuco Press)

Durante o mês de maio, 35 cidades do Grande Recife e da Zona da Mata de Penambuco superaram as médias históricas para o período, segundo balanço preliminar da Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) divulgado nesta quinta (1º). Mais de 40 mil pessoas continuam fora de suas casas devido às chuvas, de acordo com o governo estadual.
O município que registrou o maior aumento no acumulado mensal de chuvas foi Jaqueira, na Mata Sul, com aumento de 464% em relação ao usual - foram contabilizados 632 milímetros de chuva, sendo que a média era de 112.

Em segundo lugar da Mata pernambucana vem Maraial, com 310% a mais de chuva. Os números, que ainda são preliminares, contabilizam o período de 1º a 31 de maio. Ribeirão, que chegou a registrar a maior chuva desde 1982, foram computados 369,5 milímetros ao longo do mês, 172% da média de 214,7 milímetros.

Na Zona da Mata, onde há 63 cidades, 29 municípios tiveram acumulado de chuva maior que a média. Seis das 14 cidades do Grande também superaram a média histórica de precipitações.
Chuvas no mês de maio superaram a média histórica de precipitação em municípios do Grande Recife e Zona da Mata; mais de 40 mil ainda estão fora de casa (Foto: Adelson Costa/Pernambuco Press)

O maior percentual de aumento na Região Metropolitana ocorreu no Cabo de Santo Agostinho, com 168% em relação à média e total de 485 milímetros de chuva registrados. A média mensal de precipitações é de 288 milímetros acumulados.

Jaboatão dos Guararapes teve 31,6 % de aumento no período, com 404 milímetros registrados em maio deste ano, enquanto usualmente chovia 310 milímetros. Na capital, o bairro de Santo Amaro teve 257 milímetros de chuva. Apesar de ser o bairro com maior índice, o número é inferior à média histórica de 282 mm.
Ribeirão, na Zona da Mata Sul de Pernambuco, registrou maior chuva desde 1982 (Foto: Reprodução/TV Globo)

Fortes chuvas
O balanço mais recente divulgado pelo governo estadual mostra que 31 cidades foram afetadas por chuvas, com cinco mortos e um desaparecido. Mais de 55 mil pessoas chegaram a ficar desabrigadas e desalojadas no estado, mas o número foi atualizado nesta quarta, diminuindo para 43,1 mil.

Após uma semana de chuvas intensas, mortes, enchentes e prejuízos, a Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) alertou para a existência de nuvens carregadas no Oceano Atlântico, nas proximidades da costa pernambucana. Segundo a agência, existe um volume acumulado de chuvas de cerca de 70 milímetros, que pode cair no Grande Recife e na Zona da Mata, no início de junho. Cinco pessoas morreram no estado. Dois óbitos ocorreram no Recife, dois em Lagoa dos Gatos e um em Caruaru, no Agreste.

Ao todo, segundo a Defesa Civil, subiu para 31 o número de cidades afetadas pelo temporal. Desse total, 24 municípios estão em situação de emergência decretada pela administração municipal e reconhecida pelo governo federal.

O balanço mostra também a redução no número de pessoas fora de casa. Na quarta-feira, eram 43. 285 moradores prejudicados. Desse total, 39.725 saíram das residências temporariamente e 3.560 perderam as moradias. Anteriormente, o governo informou que 55,1 mil pessoas tinham sido obrigadas a deixar as habitações.

Solidariedade
Para ajudar as famílias que perderam praticamente tudo nas enchentes, diversas instituições e entidades realizam arrecadação de alimentos não perecíveis e objetos de higiene pessoal. Há pontos de coleta no Recife, em Olinda e nos 15 campi do Instituto Federal de Pernambuco (IFPE).


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